Quixabeira – BA



Quixabeira é um dos município pertencente ao Território de identidade Bacia do Jacuipe, município brasileiro do estado da Bahia. Sua população contada em 2010 é de 9.554 habitantes, segundo último censo demográfico.

Prefeito: Reginaldo Sampaio Silva (MDB)
Aniversário: 13 de junho
Fundação: 13 de junho de 1989
Gentílico: quixabeirense
Tel.: (74) 3676-1239

Quixabeira localiza-se na mesorregião Centro Norte da Bahia e situa-se totalmente no polígono da seca. Isso lhe confere características climáticas não muito favoráveis ao desenvolvimento agropecuário nos modos tradicionais de manejo. Está distante 300 km da Capital, pela BR 324, principal via de acesso ao Município. O pólo regional mais próximo é Jacobina, distante 60 Km para onde grande parte da população se desloca em busca de bens e serviços, geralmente voltados para o comércio e saúde.

Encontra-se localizada nas coordenadas geográficas de 11º24’42” de Latitude Sul e 40º07’42” de Longitude Oeste; possui extensão territorial de 368,02 Km², e limites com Jacobina (N), São José do Jacuípe e Várzea da Roça (S), Capim Grosso (L) e Serrolândia (W).

Além da Sede, possui mais 6 povoados: Alto do Capim, Baixa Grande, Campo Verde, Jaboticaba, Ramal e Várzea do Canto.
História

Da Lagoa das Quixabeiras à Quixabeira atual O município de Quixabeira se formou a partir do ano de 1943, quando o senhor Martinho Pereira Lima, junto com seus amigos, pensou em criar um povoado nas terras da fazenda Lagoa das Quixabeiras, pertencente ao senhor Zé de Belau, seu sogro, que não gostou nem um pouco da idéia, que surgiu porque a fazenda ficava às margens da estrada que ligava São José do Jacuípe a Itapeipú, e por ser rota dos tropeiros que vinham do sul da Bahia trazendo mantimentos facilitaria o pouso dos mesmos e também ajudaria o comércio dos produtos da região. Apesar da não aprovação do seu sogro, Martinho não desistiu da idéia de transformar aquela fazenda em um povoado. O senhor Zé de Belau chateado com a determinação do seu genro, resolveu ir embora deix?ando o caminho livre para Martinho. Esse por sua vez, aproveitando a oportunidade, logo iniciou a limpeza do terreno próximo a fazenda, construindo uma casa e um ponto de venda. Pouco a pouco, seus amigos também foram construindo suas casas e seus comércios, aumentando a população do povoado. Em 1968, Serrolândia é emancipada e o povoado de Quixabeira que até então pertencia a Jacobina, é anexada a esse novo município. Alguns anos depois, já no final da década de 70, o então vereador Raulindo de Araujo Rios, apresenta um projeto na Câmara Municipal de Vereadores de Serrolândia de elevar o povoado à condição de distrito, o que veio a acontecer em 1978. O mesmo vereador Raulindo, junto com outros vereadores da época e vários membros da sociedade em 1980 travaram uma batalha bastante árdua com a Assembléia Legislativa da Bahia para emancipar Quixabeira. Nove anos depois acontece o plebiscito onde o povo diz sim a emancipação. No dia 13 de junho de 1989, sob a lei 9019/89, Quixabeira é desmembrada do território de Serrolândia e torna-se município 46 anos depois de sua fundação. Como primeiro prefeito, foi eleito pelo povo, o próprio Raulindo Rios (de 1989 a 1991). Seguindo de Lídio Ribeiro (1992 a 1995), Raulindo Rios novamente em dois mandatos (1996 a 1999, e 2000 a 2004), Mário Alves de Lima (2004 a 2008) e Eliezer Costa de Oliveira que foi eleito em 2008 e é o atual prefeito.

Símbolos Cívicos do Município
Brasão e a bandeira da cidade foram desenvolvidos por Edvaldo Novaes (Bidô), e sancionados pela lei de nº 01/90, em 10 de Abril de 1990. Suas cores relacionam-se com algumas características do município, que são elas: verde (simbolizando as matas), azul (o céu), amarelo (as riquezas e a economia), branco (a paz, desejada) e marrom (a terra que fornece o alimento). Esses símbolos também são formados pelas figuras de um pé de Quixabeira, ícone da região, um pé de Ouricurí, símbolo da subsistência sertaneja, e um pé de Sisal, juntamente com quatro estrelas, que simbolizavam os quatro principais povoados do m?unicípio: Alto do Capim, Campo Verde, Jaboticaba e Ramal.

Hino Municipal
(Letra de Dalberto Lima) Ouvimos uma voz Gritando forte, Um braço forte, Com firmeza assim erguia, Cheio de glória, Num recanto aconchegante, Tão deslumbrante Empunhado de magia. É nossa terra, Nosso lar, nosso recinto, É lá que sinto Tudo novo renascer, Quixabeira tu és nossa Terra amada, Chão tão fértil Que faz tudo florescer. Tuas cores representam na bandeira, O verde escuro, Que tirou do teu madeiro, O preto do teu fruto É tão brilhante, Por dentro o branco Traz a paz Ao brasileiro. É nossa terra, Nosso lar, nosso recinto, É lá que sinto Tudo novo renascer, Quixabeira tu és nossa Terra amada, Chão tão fértil Que faz tudo florescer. Tua riqueza É o fruto que alimenta, Ninguém lamenta Pois aqui só tem fartura, Teus campos Tem mais flores que o jardim, Eis para mim A mais perfeita formosura. É nossa terra, Nosso lar, nosso recinto, É lá que sinto Tudo novo renascer, Quixabeira tu és nossa Terra amada, Chão tão fértil Que faz tudo florescer. Nossos riachos, Lagoas e baixios, O velho rio Que engrandece a natureza, Na veia d’água Vejo os peixes navegando, Aves voando Na caatinga que beleza. É nossa terra, Nosso lar, nosso recinto, É lá que sinto Tudo novo renascer, Quixabeira tu és nossa Terra amada, Chão tão fértil Que faz tudo florescer. Tu és um povo Tão humilde e hospitaleiro, Na veia corre Sangue cheio de emoção, Povo que faz Valer a força de um mito, Descobridor De uma nova habitação. É nossa terra, Nosso lar, nosso recinto, É lá que sinto Tudo novo renascer, Quixabeira tu és nossa Terra amada, Chão tão fértil Que faz tudo florescer.

Fonte: SOUZA, Adenilza; LIMA, Suzane; REIS, Zildomar: “Quixabeira” – Uma Visão Geográfica da História. Quixabeira: disponível em acesso em 17 de out de 2007.

Fonte: www.quixabeira.ba.gov.br CULTURA

Artesanato

Baseado nas culturas índia e afro, temos em nossa cidade uma rica variedade de produtos artesanais. Dentre os quais pode?mos destacar os que são feitos das seguintes matérias-primas: Barro ou argila – Utilizada na confecção de potes, moringas, tachos, vasos, panelas, entre outros. Palha – Que resulta em objetos como: chapéus, esteiras, capangas, vassouras, etc. Couro – De origem animal, do qual saem objetos como sandálias, chapéus, selas para animais, jalecos (coletes), botas, cintos e bolsas. Linhas de Nylon – Que se usa para a confecção de redes e tarrafas para pesca. Madeira – Material que proporciona a fabricação de uma infinidade de objetos, sejam eles de utilidade (como cadeiras, mesas), ou para embelezar ambientes. Fio de lã – Deriva-se produtos bastante conhecidos, como bordados, crochê, macramé e tricô. Além destes ainda existem pessoas com habilidade em: Desenho (Eli de Castro (Graduado em artes pláticas na UFBA), Gil Novais, Itárcio Lima…) Pintura (Sandra Cristina, Gil Novais, entre outros).

Comunicação
O principal meio de comunicação local é rádio Quixabeira FM, mas além dela os moradores dispõem do sinal dos canais: TV Bahia (afiliada à rede Globo), TV Educativa (Bahia), TV Novo Tempo, SBT, Record e Rede Bandeirantes.
Dados sobre a Quixabeira FM Associação Comunitária Cultural Quixabeira FM 104.9 MHz Pça. Raulindo Rios, s/n° – Centro Tel.: 74.3676.1026 História: A Associação Comunitária Cultural Quixabeira FM foi fundada em 10 de maio de 1998, e liberada pela ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) no dia 27 de junho de 2003, começando efetivamente as suas atividades de radiodifusão comunitária no dia 31 de julho de 2003. Estará comemorando esse ano o seu 3° aniversário, cumprindo o dever de levar às pessoas e a comunidade em geral informações regionais, músicas, cultura, lazer e entretenimento de maneira formal. Temos hoje em nossa rádio uma programação que vai das 5 horas e se estende até as 24 horas, com programas musicais, esportivos, jornalísticos, religiosos, de utilidade pública, de associações, etc. A associação comunitária cultural de Quixabeira é formada por sócios civis e entidades comun?itárias, religiosas, sindicais, ONG’s, entre outras. É também apoiada por parceiros como o projeto CONVIVER, MOC (Movimento de Organizações Comunitárias), Mägis (parceiro italiano), COPERAZIONE ITAGLIA (também parceiro italiano), APPJ e pastorais.

Culinária

A culinária quixabeirense também é fruto da miscigenação da cultura indígena com a cultura negra. Possui cores e sabores fortes e afrodisíacos, que provocam a atração dos olhos e do paladar. Entre os principais pratos pode-se destacar: Mocotó – Parte específica do boi, cozido e servido com farofa. Peixe frito – Servido com salada e farofa. Pirão – Feito de farinha, regado ao molho de peixe ou caldo de galinha. Beijú – Marca registrada da região nordestina, feito de farinha de mandioca, doce ou salgado. Muqueca – Feita de partes específicas do peixe, junto com leite de ouricuri (Cocos coronata, regionalmente conhecido como “licurí”). Cocada – Que tem como ingrediente principal justamente o licurí. Acarajé – Feito da massa de feijão, frito ao óleo de dendê e recheado com salada, caruru, vatapá, camarão e piabas. Quebra-queixo – Doce viscoso, salivante, feito com açúcar e pequenos pedaços de coco. Cuscuz – De farinha de milho, na maioria das vezes salgado, acompanhado de café com leite. Pode ser recheado de banana-café e queijo, ou feito em farofa misturada com tomate, ovo ou carne-de-sol. Feijão Tropeiro – Feito de feijão branco, recheado com temperos típicos, ovo, farinha e carne-de-sol. Umbuzada – Espécie de vitamina, feita de imbu, fruto do imbuzeiro (Spondias tuberosa), da família dos anacardiáceos, encontrada com grande facilidade na região catingueira. Brevidade – Bolinho de polvilho, açúcar, ovos, etc., assado ao forno. Mel – Produto que é encontrado e produzido em grande quantidade na região, especialmente na Escola Família Agrícola. Aipim – É uma planta leitosa, da família das euforbiáceas (Manihot utilissima), cujos grossos tubérculos radiculares, ricos em amido, são de largo emprego na alimentação.

Curiosidades

O nome da cidade é derivado ?de uma árvore nativa da região, a Brumelia Sertorum. O primeiro grupo de quadrilha da nossa cidade foi elaborado por Armezinda, em 1965. A primeira pessoa a possuir uma televisão em nossa cidade foi Dalberto Lima, adquirida em Jacobina em 1972. despertou a curiosidade dos munícipes que vinham assistir a novela “Cavalo de aço”, que passava na época. Informações sobre Quixabeira também podem ser encontradas no Guia Cultural da Bahia – Piemonte da Diamantina. Livro organizado pelo Governo Estadual, e publicado em 2001. Ele está disponível na maioria das bibliotecas públicas do estado. O primeiro rádio pertenceu ao Sr. Etelvino Carneiro (in memorian), trazido do Sul da Bahia. Ele também foi o dono do primeiro caminhão da cidade. A primeira feira-livre aconteceu debaixo de um pé de umbuzeiro, em 21 de abril de 1943, num domingo de Páscoa. O primeiro carro pertencia ao Sr. Jove de Félix, em 1950. As redes de pesca e tarrafas são confeccionadas pelo Sr. Irineu Lopes, que trabalha até hoje, aos 95 anos de idade. O nome quixabeira é lembrado na letra de uma música composta por Carlinhos Brown, Bernard Van Der Weid e Afonso Machado, interpretada pela banda Cheiro de Amor.

Dança
Existem em nossa cidade algumas manifestações artísticas relacionadas à dança. Podemos destacar alguns gêneros, como: quadrilha, capoeira, forró, cirandas e festa de bumba (embalada por instrumentos como gaita de pífaros, flauta e zabumba), demonstrando a sensualidade e a riqueza cultural do nosso povo.
Características de algumas danças

Piega: Feita pelos homens, sapateando em cima de um tablado de madeira. – Reizado: Homens e mulheres sambando juntos. – Cortejos: Danças de rua, embaladas por instrumentos como tambores, pandeiros e coisas que fazem barulho.

Grupos de dança
Atualmente possuímos dois grupos de dança organizados, o da a FAEECQ (?), e o Grupo de Dança Lampião & Maria Bonita. – FAEECQ – A FAEECQ é formada por jovens da cidade, liderados por Cláudia, e já realizou diversas manifestações culturais e oficinas em prol das c?rianças e adolescentes desde que foi fundada, no ano 2000. Gerencia a famosa quadrilha “Xibugueira”, que resgata as características do nosso sertão. – GRUPO DE DANÇA LAMPIÃO & MARIA BONITA – Recém-formado, o grupo já inicia sua carreira participando de um festival de dança de nível nacional em Gramado, Rio Grande do Sul, sendo um, dos apenas três representantes baianos. O festival foi transmitido ao vivo pela internet, além da cobertura das emissoras locais. Suas apresentações possuíam um repertório baseado no xaxado, arrasta-pé, baião, forró e música folclórica. O grupo é apoiado pelo MOC (Movimento de Organizações Comunitárias) e pela UNICEF.

Música
A musicalidade em nossa cidade leva em suas letras e ritmos as características fortes e originais do sertão. Ritmos como: caipira, forró pé-de-serra, bolero, samba-canção, cantigas de roda, batuques, samba de crioula, seresta, sertaneja, embaladas por instrumentos como: sanfona, pandeiro, triângulo, gaita de pífaros, flautas, zabumba, viola, bumba, cuia e cavaquinho. Têm letras já consagradas no meio musical, como “Acorda Maria Bonita”, “Oiê Muié Rendeira”, além de letras de autores locais “Pegando Fogo em Quixabeira” (Escrita por Dalberto Lima e interpretada pelo Trio Jacobina) e “Pra Sempre Vou Te Amar” (Tigres do Forró), entre outras de menos expressividade, mas também de importância.

Manifestações Municipais
(Meio Secular) Trio Jacobina – O trio carrega o nome de uma cidade vizinha, mas foi em Quixabeira que tudo começou. Antuzo (que toca a sanfona) nasceu em nossa região, e junto com Tonhão (zabumba), Xico (triângulo), Nitinho (baixo) e Teles (vocal), leva para fora música de qualidade, que retrata com expressão o Nordeste brasileiro. Já gravou vários cd’s. Tigres do Forró – Iniciado no ano 2000, tem como componentes: Aelson (vocalista), Paulo Victor (tecladista), Sabrina Lima (vocalista). Dido Bala (guitarrista), Simi (baixo) e Dany e Aécio (dançarinos). Esse grupo chama atenção por ser formados de jovens e possuir três cd’s gravados, com músic?as próprias que fizeram sucesso em toda a região como “Pra Sempre Vou Te Amar”.

(Meio Gospel) Ministério de Louvor SOJAQ – Grupo de Jovens, criado em 2006, na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Coral Louvores do Coração – Formado em 2005, no qual participam crianças e adolescentes da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Coral Voz de Sião – Coral de adultos, que canta música sacra, hinos clássicos, também da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Vando Motta – Cantor da Igreja Assembléia de Deus. Marizan Silva – Também cantor da Igreja Assembléia de Deus.

M.L.S – MINISTÉRIO DE LOUVOR SOJAQ
M.L.S – MINISTÉRIO DE LOUVOR SOJAQ
CORAL LOUVORES DO CORAÇÃO CORAL VOZ DE SIÃO
Religião
Igreja Adventista do 7º Dia
A primeira Igreja Adventista do 7° Dia do município de Quixabeira existia em um local conhecido como Pasto Novo, que foi mais tarde transferida para o povoado de Campo Verde. Além de Campo Verde, os povoados de Jaboticaba, Ramal, Baixa Grande e Várzea do Canto também possuem Igrejas. Já a primeira Igreja da sede foi construída à partir de 1951. O terreno, que antes iria ser um hospital, pertencia a Lizânio Gonçalves, um dos pioneiros da fundação de Quixabeira. Os primeiros homens e mulheres a professarem a fé adventista em nossa cidade foram Raulindo Araújo Rios e sua esposa Almira de Araújo Rios, José Gonçalves, Albertino, Germira Maria de Araújo, Conrado, Matilde Mendes dos Reis, Joaquim dos Reis e sua esposa Gerolina Reis, Amerolina Mendes dos Reis, Ana Brasília dos Reis, Martiliano Mendes dos Reis, entre outros. A Igreja, já pela década de 1960 possuía um coral, chamado Vozes de Sião, que louvava a Deus com músicas sacras. Coral esse que foi reativado, depois de um longo período de inércia, em 2004. Hoje, na sede do município, existem atualmente três Igrejas: a Central (que possui mais de 300 membros), a do Bairro Laranjeiras (com cerca de 50 membros) e a da Pça. dos Inês, conhecida como Quixabeira2 (que tem aproximadamente 20 membros). A Igreja Adventista do 7º Dia possui atualmente um total de 1500? membros em todo o município. Ela é organizada e dividida em departamentos, com atividades específicas. Dentre eles existem alguns de grande representatividade na sociedade em geral, como o Clube de Aventureiros, o Clube de Desbravadores e o Clube de Jovens. Clube de Aventureiros – Se deu início no dia 31 de julho de 2000 e é voltado às crianças de 6 a 9 anos de idade. Ele visa aproximar as crianças dos pais, desenvolver a integração social, esportiva, cooperativa e religiosa. Já está em nossa região há seis anos, e essa é a primeira região de aventureiros da Missão Bahia Central. Atualmente possui uma média de 20 crianças, 5 membros de liderança e a coordenadora regional, Nilzete Oliveira Gomes, é da nossa cidade. Possui quatro classes de trabalho: Abelhas laboriosas (6 anos), Luminares (7 anos), Edificadores (8 anos) e Mãos ajudadoras (9 anos), que são definidas pelas respectivas idades de cada criança. Os aventureiros já participaram de vários eventos em Umbuzeiro, Pojuca, Capim Grosso, Jacobina, Feira de Santana e Salvador. Clube de Desbravadores – O clube de desbravadores local surgiu em 1993, através da idéia do senhor Antonio Mascarenhas. Sendo seu primeiro diretor Gilson Silva, Zildomar Reis e Edilson Lopes, coordenando 32 membros, em sua primeira formação. Foi então nesta época escolhido o nome do clube: Filhos da Promessa, que foi eleito por todos. Os anos foram passando, as experiências foram aumentando e o clube pouco a pouco foi evoluindo, chegando a ser o maior clube em toda a região com mais de 100 membros. Basicamente a filosofia do clube de desbravadores é “salvar do pecado e guiar no serviço”, trabalhando com adolescentes de 10 a 15 anos, proporcionando a eles momentos de alegria, responsabilidade, espiritualidade e compromisso, ajudando na formação de um bom caráter. São realizadas atividades como acampamentos, projetos comunitários, limpeza de ruas, projeto sopão (distribuição de sopa e pão para pessoas carentes), arrecadação e distribuição de alimentos, estudo da Bíblia, desfiles cívicos, ent?re outros. O clube de desbravadores de Quixabeira já participou de várias atividades em outras localidades como: Camporí1 de Itabuna – BA “Restaurando a criação”, em 1997; Clubão2 “Refletindo a luz” em Capim grosso – BA, em novembro de 1998; Camporí da União Nordeste em Feira de Santana “Sempre Vencendo”, 1999; Congressorí3 em Jacobina – BA; Congresso 50 anos de Desbravadores no Brasil, em Senhor do Bonfim – BA: Camporí “Acampe Conosco” em Serrinha – BA, 2001; Camporí em Capim Grosso; Jolirem4 em Capim Grosso, 2000; Jolirem em São José – BA, 2002; Camporí da União Nordeste “Chamados para Servir”, em Aracajú – SE, 2003; Camporí “Na Trilha do Líder”, em Saúde – BA 2003; Camporee Sul-americano “Fonte de Esperança”, em Santa Helena – Paraná, 2005, com a presença de vários países latinos (Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Venezuela e Peru) e o Camporí baianão em Feira de Santana – BA, em 2005. Clube de Jovens – Ficou bastante conhecido como SOJAQ (Sociedade dos Jovens Adventistas do 7°Dia de Quixabeira), seu primeiro nome que ainda é utilizado até hoje. Iniciou-se em 2000 com o propósito de promover um departamento estruturado em prol dos jovens para afastá-los das muitas coisas prejudiciais do mundo e os levarem a um contato pessoal com Deus. Com Zildomar Reis, Petronia Lima, Célio Ferreira e Edileuza Matos começaram a ser realizadas as primeiras atividades com o objetivo de integração social e voluntariado, sempre enfatizando os princípios religiosos. Primeiramente 15 jovens fizeram parte desse movimento, que ainda estava desacreditado, depois foram anexadas mais pessoas quando viram que tudo estavam funcionando perfeitamente chegando a reunir o número de 71 jovens, em 2001. A SOJAQ já promoveu diversos eventos como a arrecadação e a distribuição de alimentos, projeto soPão, Campanha do Agasalho, arrecadação de livros para a montagem de bibliotecas em escolas, a participação no Projeto Mais Vida de doação de sangue, com 49 bolsas (esse que foi um programa de âmbito nacional, e envolveu mais de 50 mil doadores ent?re 1 e 16 de abril de 2006), treinamentos de capacitação jovem, distribuição de folhetos, acampamentos, viagens, passeios ciclísticos, palestras, projetos sociais e solidários, Projeto Absalaoão (dando um toque de beleza às pessoas carentes), Operação André (pregação do evangelho a jovens não-adventistas), festivais de música, entre outros. Atualmente possui cerca de 60 membros atuando em diversas atividades e promovendo a paz, a alegria e a amizade entre os jovens da nossa cidade.

Igreja Assembléia de Deus
A igreja Assembléia de Deus em Quixabeira iniciou-se em um salão de aluguel no ano de 1981 na rua Horácio Luiz, com 6 membros. Com o pastor Nequinha, que veio de Serrolândia, comprou-se um terreno na Praça Raulindo Rios, conhecida como praça da feira. Logo a igreja foi construída, e foi inaugurada no dia 17/09/1994. Atualmente possui 27 membros e é dirigida pelo pastor Givanildo.

Igreja Batista Monte das Oliveiras
Tudo começou quando o Pr. Jorge do Nascimento Ferreira, impulsionado pelo Espírito Santo e pelo amor as missões, despertava os crentes para essa nobre missão deixada para a igreja do Senhor Jesus. Repentinamente, surgiu a notícia de uma cidade no sertão da Bahia, por nome Quixabeira, que não havia trabalho Batista. Parecia um sonho distante, então, nossa igreja motivada pelo desejo de realizar esse sonho missionário, decidiu imediatamente forma uma caravana de irmãos para plantar uma igreja naquela pacata cidade. Era o dia 10 de junho de 1998, cerca de quarenta e oito pessoas participaram dessa primeira investida. Dois anos depois, a igreja retorna para finalmente inaugurar o templo da 1ª Congregação Batista em Quixabeira. Em 2004 a igreja envia a 1ª família missionária: José dos Santos Moura, sua esposa Maria das Graças e sua filha Nailana Moura. A igreja já realizou dois batismos, nesta cidade.

Igreja Católica
A igreja Católica em Quixabeira iniciou-se em 1943, e é situada na antiga praça central da cidade e foi fundada por Martinho Pereira, que convidou o Padre Alfredo para celeb?rar a primeira missa. Logo depois Martinho deixa a cidade e Zé Grande e Dona Anízia se incorporam e assumem a liderança. A iniciativa da construção de um estabelecimento que abrigasse os fiéis nas missas foi de Zé Grande. Então começaram a construir, mas ele acabou desabando. Isso não foi motivo para que eles deixassem essa idéia de lado, voltaram a construir e juntos conseguiram completar a construção em 1957. Os pioneiros dessa igreja foram: Lizânio Gonçalves, Xixinho, Absolon Dias, entre outros. Em 1958, Pe. Francisco assumiu a liderança. Então foi escolhida a padroeira da igreja na cidade: “Nossa Senhora, mãe de Jesus”. Nesse mesmo ano foi comprado o sino da igreja com a ajuda das senhoras Anísia, Nair e Terezinha. Em 1960, a Escola Paroquial é implantada em nossa cidade, idéia essa trazida pelo Pe. Alfredo, da Áustria. Essa escola teve diversas professoras que contribuíram para o desenvolvimento da cidade, são elas: Nivaldete, Vivi, Safira, Gildete, Rebeca, Alzira, entre outras. Com o passar dos anos a igreja foi evoluindo, várias foram as pessoas responsáveis por isso, como Armezinda, Carmerina, Duzinha, Zé Filipe, Generosa, Gilda, entre outros. Vários também foram os padre, como Osmar, Egídio, Pacífico, Sidinei, Davi, Firmino, Xavier, Cleber, Márcio, Bispo Dom Antônio, entre outros. A igreja Católica possui alguns movimentos que realizam trabalhos sociais e eventos variados. São eles: Grupo Jovem (PJMP) – A Pastoral da Juventude do Meio Popular de Quixabeira nasceu com o objetivo de promover a interação entre os jovens da igreja Católica, tendo como parâmetro prestar serviços que possam contribuir para a formação cristã, humana, profissional e sócio-cultural dos jovens. Tem também como objetivo impulsionar o desenvolvimento integral dos jovens através de ações básicas de saúde, na prevenção das drogas e DST. Educar o relacionamento com a família e com a comunidade. O grupo jovem de Quixabeira realiza peças teatrais, encontros, coreografias e celebrações sociais e religiosas. Por esse grupo já passaram apro?ximadamente mais de 200 jovens em seus mais de 20 anos de existência. Pastoral da Criança – Surgiu em Quixabeira 1996, basicamente tendo como objetivo o acompanhamento de crianças e gestantes do município, ajudando no desenvolvimento das crianças. Atualmente a pastoral acompanha cerca de 40 gestantes e mais ou menos 700 crianças de 0 a 6 anos, trabalhando com a pesagem, e diminuindo a desnutrição. É um órgão formado pela igreja Católica e pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), atuando no país inteiro e até no exterior. Sua fundadora, Zilda Arns já ganhou o prêmio Nobel. Em nossa cidade possui cerca de 45 líderes, que desenvolvem várias ações como vacinação, distribuição de leite de soja e de cabra, e distribuição da multi-mistura. A Pastoral financia vários tipos de projetos em prol da sociedade, como Projeto de Padaria Comunitária, de Apicultura, Lactação, isso só para mães e líderes da Pastoral. Possui também uma escola para jovens e adultos, que ainda não são alfabetizados. A Associação das Famílias Carentes do Município de Quixabeira é coordenada por Leto Gonçalves.

DISTRITOS E POVOADOS
Além da sede, Quixabeira possui 7 distritos e povoados (Jaboticaba, Alto do Capim, Baixa Grande, Campo Verde, Ramal, Várzea do Canto e Cova do Anjo)

Alto do Capim

Surgiu em 1967, tendo como primeiros moradores os senhores Davino Juvêncio, Anerina Maria de Jesus, Leonarda. O lugar é bem rico culturalmente e possui diversas manifestações artísticas, como o trançado, confeccionado pelo senhor José Lúcio dos Santos, responsável pela produção de balaios, cestas, caçoás, manzoá (cesta para pesca), entre outros. E a produção de esteiras, vassouras, capangas, derivados da palha, e realizado pelas senhoras Dezinha e Dete de Rafael. Tem também sambistas e repentistas, com os senhores Nelcir de Souza e Liquinho, que tocam samba de crioula, e usam instrumentos como violão, cavaquinho, pandeiro, prato e cuia. O distrito possui cerca de 1.500 habitantes, e em média 900 eleitores.
Baixa Grande
Surgiu em 1970, fundado pelos senhores Keninho, João de Jorge, Adelino Alves de Lima e João Jorge dos Santos. Conhecido como a “terra do beiju”, produto típico da região, Baixa Grande possui aproximadamente 1.000 habitantes, que tem como principal meio de subsistência o trabalho rural. 90% dos seus habitantes são eleitores e possui algumas associações, com a Casa do Beiju, Casa de farinha Comunitária, Associação Comunitária de Agricultores Rurais, Fábrica de Doces, entre outros.

Campo Verde
O distrito de Campo verde surgiu em 1964, tendo como seus fundadores os senhores: Franscisco de Araújo, José Maurício de Araújo, Tadeu Araújo, Trajano Neto, entre outros. O nome Campo Verde veio a existir com base nos campos que rodeiam o distrito. Também em 1964 foi construída a Igreja Adventista, motivo pelo qual o distrito veio a evoluir, pois ao invés de morarem em locais isolados as pessoas passaram a povoar um mesmo ponto, dando origem ao distrito de Campo Verde. O mesmo já foi local de vários congressos religiosos. Esse distrito tem uma grande importância para a cidade de Quixabeira, pois era onde morava o ex-prefeito do município, e é também um dos primeiros distritos a nascer em nossa cidade. Hoje possui cerca de 700 habitantes.

Jaboticaba

Surgiu em 1954, fundada pelo senhor Manoel Avelino. Localiza-se a três quilômetros de uma margem da do rio Jacuípe, sendo isso o maior motivo do crescimento e do desenvolvimento desse distrito. Sua economia é baseada na agricultura, como o cultivo de frutas, verduras e hortaliças, além da piscicultura. Em Jaboticaba existem várias associações, que incentivam a busca por melhores condições de trabalho e de vida, como a Associação de Apicultores da região de Quixabeira, a APPJ (Associação de Pequenos Produtores de Jaboticaba), Associação de pescadores, Projeto Conviver, entre outros. O povoado também tem a importante presença da Escola Família Agrícola, fundada em , e atualmente possuindo 109 alunos do Ensino Fundamental ao Médio, estudando principalmente o curso de agropecuária. A ?escola tem uma abrangência de 10 municípios, mais de quarenta comunidades e 94 famílias sendo beneficiadas. É apoiada por pro jetos italianos, como Mägis, Coperazione Itliana, que ajudam a manter projetos como ezotecnia, engenharia, administração, oleicultura, caprino cultura de leite de corte, apicultura, avicultora e reflorestamento. A escola possui biblioteca, laboratório, sala de informática, auditório, e foi implantada pelo Pe. Xavier.

Ramal
Surgiu no ano de 1967, um ano antes da construção da BR-324 (Salvador-Jacobina-Salvador), que atravessa a área do povoado, que por sua vez, cresceu ao redor dela. Fica à 9km da sede, e pode ser considerado como a entrada da cidade, já que é por meio dele que se chega ao centro do município e consequentemente aos demais povoados. Atualmente possui cerca de 600 habitantes.

SOUZA, Adenilza; LIMA, Suzane; REIS, Zildomar: “Quixabeira” – Uma Visão Geográfica da História. Quixabeira: disponível em

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